quinta-feira, 19 de maio de 2011

Era uma vez.... Amadeu de Queiroz

Amadeu de Queiroz nasceu em Pouso Alegre, no dia 25 de março de 1873. Filho do farmacêutico Joaquim Augusto Moreira de Queiroz fundador da farmácia Queiroz e de Prisciliana Leopoldina de Castro Queiroz.
Amadeu nasceu em uma casa localizada na praça Doutor Garcia Coutinho, em frente a loja de Dona Maria Honória dos Santos Meyer, mais tarde sua sogra.
Não freqüentou oficialmente nenhuma escola. Ele e seus irmãos, Humberto e Joaquim, foram educados e instruídos em família por seu avô Policarpo Teixeira de Almeida Queiroz – sobrinho-bisneto do escritor português Eça de Queiroz.
Amadeu cresceu ajudando seu pai na farmácia, aprendendo o ofício, tornando-se um farmacêutico prático. A Farmácia Queiroz ficava em um terreno que ia desde a esquina da Praça Senador José Bento com a rua Bom Jesus.
Ele sempre demonstrou um temperamento irrequieto e dedicava-se à pesquisa. Num tempo onde eram raros os médicos no interior, o papel dos farmacêuticos práticos tornou-se fundamental para a manutenção da saúde do povo, principalmente os mais pobres. Amadeu acabou desenvolvendo aptidões para a arte de curar, tornando-se um “curador” ou “carimbamba”, como ele mesmo dizia. Seu trabalho era pautado pela ética e o sentido humanista.
Em 1899 casou-se com Vicentina Meyer, que na época tinha 16 anos. A união durou 55 anos. O casal teve três filhos: Vicente, Margarida e José Maria.
Amadeu foi militante político de destaque em Pouso Alegre e mantinha correspondência com pessoas como Júlio de Castilhos e Rui Barbosa.
Em 1916 mudou-se para São Paulo. Montou uma farmácia, a Baruel, na praça da Sé. A capital fez despertar em Amadeu seu gênio literário e em 1927 publicou seu primeiro livro, um romance com o título Praga de Amor.
Em 1955, aos 80 anos, foi indicado para a Academia Paulista de Letras. Foi eleito, mas seu estado de saúde não permitiu sua posse. Faleceu no dia 28 de outubro de 1955.


Bibliografia de Amadeu de Queiróz

1927 – Praga do Amor – Romance
1930 – Pouso Alegre – História
1931 – Sabina – Romance
1933 – Senador José Bento – História
1937 – O Intendente do Ouro – Romance
1937 – Provérbios e Ditos Populares – Folclore
1938 – A voz da Terra – Romance
1939 – Os Casos do Carimbamba – Contos
1944 – O Quarteirão do Meio – Romance
1945 – João – Romance
1954 – A Rajada – Romance
1956 – Catas – Romance
1956 – Dos 7 aos 77 – Romance
1963 – Histórias quase simples - Contos

2 comentários:

  1. Gosto das obras de Amadeu de Queiroz. Ele escrevia muito bem e o seu romance A Voz da Terra é belíssimo. Sobre ele escrevi a minha tese de Mestrado em Literatura Brasileira. Suely, existe ainda a casa onde nasceu Amadeu de Queiroz?

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